Estamos vivendo mais tempo, e agora?

Daniela

Estamos vivendo mais tempo, e agora?

A população idosa mundial vem crescendo, tanto em termos absolutos, como relativos. Entre 2019 e 2020 havia 703 milhões de pessoas com idade acima de 65 anos no mundo. O Centro e o Sul da Ásia são as regiões com a maior população idosa (260 milhões), seguidas da Europa e América do Norte (um pouco acima de 200 milhões). A Oceania é a região com menor população idosa (4,8 milhões). Em termos relativos, a Europa tem o maior percentual de idosos entre sua população total (19%), seguida da América no Norte (17%). O menor percentual está na África (3%).

Expectativa de vida

Todas as regiões do mundo vêm experienciando um aumento na expectativa de vida. Entre 1990 e 2020, a média mundial de expectativa de vida ao nascer aumentou em 7,7 anos (12%), sendo de 72,3 anos, hoje. Se consideramos o período entre 1960 e 2020, para os homens aumentou em 19,1 anos, de 50,7 anos para 69,8 anos. Para as mulheres, a expectativa média de vida aumentou em 20,3 anos desde 1960, de 54,6 para 74,9 anos. A África subsaariana foi a região que teve maior aumento na expectativa de vida: de 49,1 anos em 1990-1995 para 60,5 anos em 2015-2020.

Diferenças entre os sexos

As mulheres tendem a viver mais do que os homens. Em nível global, em 2015-2020, a expectativa de vida das mulheres ao nascer supera a dos homens em 4,8 anos. A vantagem feminina na longevidade média é maior na América Latina e Caribe (6,5 anos), Europa e América do Norte (6,1 anos) e Leste e Sudeste Asiático (5,3 anos). A vantagem de sobrevivência feminina persiste em idades mais avançadas. Espera-se que as mulheres aos 65 anos vivam mais 18 anos, enquanto os homens da mesma idade acrescentam a média de 16 anos adicionais às suas vidas, em 2015-2020. A diferença de sexo na expectativa de vida aos 65 anos é maior em regiões com alta expectativa de vida ao nascer, como Leste e Sudeste da Ásia (3,4 anos), Europa e América do Norte (3,1 anos) e América Latina e Caribe (2,8 anos). Projeções indicam que em 2050 as mulheres representarão 54% da população global com 65 anos ou mais.

Centenários

Com o aumento da longevidade e expectativa de vida, há cada vez mais pessoas centenárias no mundo. De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido, um terço das crianças nascidas lá em 2013 devem alcançar os 100 anos de vida. As Nações Unidas estimam que atualmente existam 573 mil centenários, quase o quádruplo da estimativa de 151 mil feita em 2000. De acordo com uma pesquisa demográfica das Nações Unidas de 1998, espera-se que o Japão tenha 272 mil centenários em 2050; outras fontes sugerem que o número pode estar próximo a 1 milhão. A incidência de centenários no Japão foi de um por 3.522 pessoas em 2008, sendo a maioria, mulheres. Os países com maior número de centenários por 100 mil habitantes são a Malásia (143,68), o Japão (72,1) e Portugal (48,8).

E no Brasil?

Segundo dados do IBGE, atualmente o Brasil tem 31,2 milhões de pessoas com idade acima de 60 anos, representando 14,7% da população. No nosso país, a expectativa de vida ao nascer é de 70,7 anos para os homens e de 77,4 anos para as mulheres. Quanto aos idosos centenários, o último Censo revelou que já são quase 24 mil brasileiros com 100 anos de idade ou mais.

E no RS?

Os idosos representam cerca de 19% da população do Rio Grande do Sul e o avanço no envelhecimento continua aumentando no Estado. Em 2021, o contingente de pessoas acima dos 60 anos ficou em 2,1 milhões. Isso representa um aumento de 40% em quase 10 anos. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada pelo IBGE. A Região Sul é a terceira em número de idosos centenários do Brasil com 2.377 pessoas, sendo a do Nordeste a primeira e a Sudeste a segunda. Dentre os estados, a Bahia lidera, com 3.578 idosos centenários. O Rio Grande do Sul identificou 1.039 centenários, o que expressa 0,07% do total da população de idosos do estado, ocupando a 8ª posição, sendo 150 somente na capital Porto Alegre.

Ajustes de políticas públicas

Com tantos dados evidenciando as mudanças demográficas do Brasil e do mundo, com tendência evidente a um grande aumento da população idosa, fica clara a necessidade de se repensar políticas públicas, ambientais e de saúde, para que esta população seja bem atendida e possa usufruir de mais anos de vida da melhor forma.

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